HISTÓRIA DO CEARÁ: O SANGUE DOS HERÓIS DE 1824 (MORORÓ E PESSOA ANTA)

                              Pessoa Anta


D. Pedro I, logo que abafou a Revolução de 1824, fez funcionar, nos Estados confederados, tribunais militares que aterrorizaram a população e levaram ao partíbulo grande número de patriotas, filhos ilustres do Ceará, de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Em Fortaleza, foi instala uma comissão militar presidida pelo famigerado Conrado Jacó, incumbido do julgamento dos chefes da rebelião.

O presidente Costa Barros, que reassumiria o governo do Estado, entregou-o em janeiro de 1825 a José Félix de Azevedo Sá, em cuja gestão se verificaram os fuzilamentos do Padre Mororó, Coronel Pessoa Anta, Miguel Pereira Ibiapina, Major Bolão e Tenente-coronel Carapinima.

As execuções foram feitas no Passeio Público (Praça dos Mártires), em Fortaleza, num ambiente de tristeza e revolta.

Condenados a pena de morte haviam sido também Frei Inácio da Purificação, Antônio Bezerra de Sousa e José Ferreira de Menezes, que obtiveram a comutação da pena máxima em degredo perpétuo.

O movimento foi liderado ainda pelos cratenses Bárbara de Alencar e seus filhos José Martiniano e Tristão Gonçalves, do sergipano de Santo Amaro da Brotas, Pereira Filgueiras e tantos outros heróicos e valentes conterrâneos. Os líderes escolheram apelidos com nomes da fauna e flora da caatinga no intuito de confundir as tropas imperiais. Todos escondidos por trás de alcunhas como Alecrim, Anta, Araripe, Aroeira, Baraúna, Beija-flor, Bolão, Carapinima, Crueira, Ibiapina, Jaguaribe, Jucás, Manjericão, Mororó, Sucupiras, Oiticica. E, mesmo cientes de que a luta poderia lhes trazer serias conseqüências, foram adiante. De fato, muitos pagaram com a vida, nas ruas do Icó e Fortaleza. (trecho extraído do 


Fonte: Apostila Elit Pré-Universitário

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