A importância da preservação do nosso Patrimônio Histórico


O patrimônio histórico arquitetônico pode ser qualquer edificação que represente parte da história local de um lugar. A primeira coisa que se destaca quando se faz uma visita a algum lugar, são os prédios históricos ou as construções que de alguma forma representem ou trazem em suas características pistas sobre a história da localidade e de seus habitantes.

Esses patrimônios despertam o interesse, instigam a procura por mais informações sobre o lugar, representam a materialização da cultura de uma localidade, além de trazer em suas características e no estilo a história das pessoas que o construíram. Um exemplo prático da identidade do nosso lugar é a antiga casa do Antônio Nunes que foi construída a mais de 100 anos por um dos primeiros moradores do Estreito dos Martins, o senhor Chico Real e hoje está abandonada, preste a desabar. Com isso morre também um dos símbolos  mais representativos da nossa história. 

Infelizmente, em geral, a maioria dos patrimônios não são vistos com tão bons olhos pelas autoridades ou até mesmo pelas pessoas que o detém. São conhecidas as histórias e frequentes os casos de descaso, demolições e abandono de prédios que são verdadeiras testemunhas da história local, e que fazem a importante ligação entre a população e sua identidade cultural.

É claro que não podemos ser contra o progresso, ou esperar que tudo continue para sempre como está, pois o desenvolvimento não pode ser parado. É evidente que as cidades, povoados devem se modernizar, que novas construções devem surgir e a paisagem mudar, mas o que não deve nunca deve ser deixado de lado é a preservação do patrimônio histórico, pois ele representa a materialização da nossa história e da identidade cultural coletiva. A perda do patrimônio representa a perda da história e da identidade, o que pode ser preocupante, pois a história do nosso povoado onde moramos é única e insubstituível, e a destruição das suas representações materiais representa o esquecimento de parte da nossa identidade cultural, e esquecer nossa cultura é esquecer quem somos.

O que foi destruído está perdido para sempre, restando apenas o eventual registro iconográfico e a memória particular daqueles que viram com seus próprios olhos determinado monumento. O que nos resta fazer é reconhecer a importância do patrimônio remanescente, conscientizar a população de sua importância coletiva, mudando a concepção antiga de que coisa velha não tem importância e cobrar das pessoas responsáveis a correta preservação de tudo aquilo que tiver relevância para a história coletiva e da região.


Estreito On-line

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