História - Igreja de Nossa Senhora de Nazaré do Estreito dos Martins

O projeto de construção da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré do Estreito dos Martins  nasceu do sonho dos moradores da comunidade já no início dos anos 1940 de se tornar realidade a empreitada de se construir a pequena capela da localidade. Estiveram à frente deste projeto o senhor Clarismundo Aragão bem como seus trabalhadores Gregório e Zé Preto responsáveis pelos animais na condução dos materiais para a construção da capela, Miguel Aragão( doador da imagem de Nossa Senhora de Nazaré), Antonio Nunes, Salustiano Cardoso( doador do terreno), Joaquim Real, Candido Aragão, Luzia Aragão, Gonçalo Bastião(doador do sino) entre outros, liderados na época pelo Monsenhor José Carneiro da Cunha que teve um papel importante na concretização do sonho dos moradores de erguer a igreja dedicada a Nossa Senhora de Nazaré, que então se tornara a padroeira do lugar.

Quanto a escolha de Nossa Senhora de Nazaré como padroeira da pequena comunidade não foi um processo simples, uns queriam Santo Antônio, como já era o padroeiro de Chaval descartaram a opção, outros optaram por Santa Luzia porém também já tinha o festejo dedicada à santa em Timonha, então o senhor Candido Fontenele Aragão que era um grande leitor e tinha o conhecimento da grandiosa festa em Belém dedicada a Santa, e além disso era um devoto fervoroso, deu a ideia de se colocar o nome de Nossa Senhora de Nazaré como padroeira e assim se deu, todos concordaram e foi aprovada a escolha da Santa.

Desde então, acontece todos os anos o Festejo de Nossa Senhora de Nazaré, sendo 10 noites de celebrações e festas. O encerramento do festejo acontece no dia 14 de novembro com missa.

Origem da devoção à santa

Segundo a tradição, a sagrada imagem de Nossa Senhora da Nazaré foi esculpida por São José, sendo mais tarde pintada por São Lucas. No século sexto foi levada para a Espanha permanecendo no Mosteiro de Cauliniana, perto de Mérida, até 711, ano em que após a batalha de Guadalete foi levada para Portugal, onde permaneceu escondida, quase ignorada numa gruta do litoral, até ao ano de 1182, quando o cavaleiro D. Fuas Roupinho, por sua intercessão, foi salvo milagrosamente, conforme conta a Lenda da Nazaré. O título desta invocação veio a dar o nome à vila da Nazaré, onde a imagem é venerada no Santuário de Nossa Senhora da Nazaré. Esta devoção foi conhecida em todo o Império Português, sobretudo devido à acção evangelizadora dos Jesuítas que consagraram a Nossa Senhora da Nazaré a sua principal casa de noviciado, em Lisboa, a capital do Império.

Localizado no município de Granja, Estreito dos Martins fica próximo a divisa com o município de Luís Correia-PI. A comunidade concentra uma população de agricultores, pequenos comerciantes, criadores, funcionários públicos, estudantes e aposentados.

Povoamento

Quanto ao povoamento  há fortes indícios que os primeiros moradores chegaram na comunidade, dando início o processo de ocupação no começo do século XIX, com os Tenentes(Martins) e os Alves ( Real). Mas há quem diga que a ocupação do lugar se deu bem antes, no século XVIII como afirma o pesquisador e genealogista Fábio Oliveira, que em uma passagem de seus escritos diz:

"Quanto a ocupação do Timonha pra baixo, isso deve ter ocorrido no amanhecer do seculo XVIII. Nos primeiros 50 anos daquele seculo os vales do Timonha e Ubatuba, incluindo o Estreito já estavam bem povoados. Antes de 1750 já moravam: Os Veras, Os Machado Siqueira, Os Alvares Passos, Os Rocha Franco, Os Rodrigues da Câmara, Os Araújo Costa, Os Alvares Ribeiro, Os Lima Meira".

Fé católica 

Ao longo dos anos 1940 e 1950, a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré se tornou um local de encontros religiosos regularmente, contribuindo assim no fortalecimento da fé dos fiéis da comunidade.

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