O mistério da botija da Vereda dos Morros


Um mistério assusta muitos moradores no lugar Vereda dos Morros, no interior de Granja. Diferentes pessoas já sonharam que, numa casa que existe ali a mais de 100 anos, existiria uma botija com um tesouro enterrado. A informação do local exato seria repassada por uma alma. A casa pertencia ao antigo morador João Vitalino, o patriarca dos Pereira daquela região. 

O Estreito On-line procurou algumas pessoas da região que relatou já tem sonhado com a tal botija, uma das entrevistadas, relatou que já foi ao local tentar encontrar o tesouro, mas que não localizou nada. Para os moradores da região, a casa é mal assombrada.

Em seu Dicionário do Folclore Brasileiro Luís da Câmara Cascudo diz que o tesouro enterrado é um mito presente em quase todas as partes do mundo civilizado e que no Nordeste recebe o nome de botija. O conjunto de superstições e crenças que envolvem o assunto das botijas é um assunto vasto dentro da cultura popular. Quase todo brasileiro sabe uma regra para arrancar uma botija, pois já ouviu alguém falar sobre o assunto.

Há em princípio uma aparição, preferencialmente em sonho, durante a noite. O balançar da rede pode ser um sinal. Geralmente alguém diz: Eu tenho uma coisa para você, vá lá buscar. Ou ainda: quer ficar rico? ...me acompanhe. Depois, apontando para um local, explica exatamente onde está a botija. Nesse momento se escuta: Cave aqui e fique rico. Depois desaparece. Seriam almas penadas, condenas, enquanto o ouro escondido em vida não for encontrado. Por isso, parte do tesouro encontrado seria destinado às missas pelo defunto. Quando não desenterrado o tesouro, então aparecem coisas estranhas durante as noites, como um fogo que não queima, gemidos, sons de passos. Quando em algum lugar começavam a aparecer essas coisas, o povo logo diz: Ali tem uma botija. Enquanto ela estiver enterrada, a alma do defunto não encontra paz, fica vagando até encontrar alguém que queira receber o tesouro.

Estreito On-line 

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