JULGAMENTO DE MAIS UM FEMINICIDA : JUSTIÇA POR SELENE VERAS ROQUE!
Nesta quinta-feira, 8 de julho, será realizado, após vários adiamentos, o julgamento do feminicida da professora Selene Veras Roque.
O crime ocorreu no município de Luís Correia, próximo ao povoado Brejinho, na localidade Lameiro onde o casal residia.
Selene era professora de Educação Física e diretora da Unidade Escolar Rita Miranda Brito, onde era muito querida e respeitada por sua dedicação, competência e atenção a alunas e alunos e respectivas famílias.
Uma de suas colegas de trabalho, também professora de Educação Física, Marina Santos, afirma que ela era "dessas educadoras que impactam positivamente a vida escolar".
Selene deixou uma filha, hoje com 10 anos de idade, que foi acolhida pela família do lado materno.
O feminicídio deixa uma marca definitiva em crianças e adolescentes: elas se transformam, na prática, em órfãs e orfãos de mãe e também de pai. São, ao mesmo tempo, duas ausências definitivas e irreversíveis.
Todas e todos perdem com o feminicídio. A família e a comunidade são também atingidas, afetando de forma negativa o comportamento de crianças e jovens, tendo em vista o medo que se instala dentre os que presenciam a violência na própria família e temem que aconteça tragédia semelhante.
A expectativa é de que o feminicida seja condenado à pena máxima, pois o crime foi cometido com requinte de frieza e crueldade.
Foram 26 facadas, de modo que Selene não pôde ter nenhuma oportunidade de defender-se ou fugir do local.
Uma condenação severa é tudo o que a sociedade deveria exigir, levando em conta a extrema dor para a família da vítima, que já recebeu condenação perpétua da ausência de sua querida mãe, filha, irmã, sobrinha, tia e prima.
Amigas e amigos de Selene também se juntam ao sofrimento da família, esperando que se faça justiça, sem a qual crimes dessa natureza se tornam banais , reforçando a
ideia de que os homens têm o poder de dispor da vida das mulheres.
Casos como este têm que receber resposta decisiva, de forma a servir de alerta aos que continuam a praticar violência doméstica e que ameaçam de morte as esposas e companheiras.
Esses ainda estão convictos de que poderão radicalizar, cada vez mais, a violência, e de que sairão impunes, protegidos, legitimados e abrigados por concepções atrasadas e equivocadas sobre as mulheres, como se estas fossem objetos de uso e usufruto e plenamente descartáveis.
Quem mata uma mulher mata a humanidade, pois tenta destruir a possibilidade de evolução social, optando pela barbárie!
#JustiçaporSelene!
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